sábado, 29 de dezembro de 2007

A modos que sobreviveu...

Mais do que nascido, arrancado a ferros, do excesso de tempo e da falta de acesso a boa pornografia de um pai que, embora pedisse para não lhe cortarem as pernas ao sonho - "Por favor, se esta história do blog for má ideia, façam-me entende-lo subtilmente, porque, simplesmente, estou muito empolgado com esta ideia para o perceber com uma simples gargalhada na minha cara... - cedo o privou do carinho e atenção que um filho recém-nascido merece.

Mas que não se condene o pai pois acabaria por não ser o único da numerosa família a, passado o entusiasmo dos primeiros tempos de paixão - "Quando o Zé me falou desta história do blog achei a ideia simplesmente brilhante e prometi escrever"-, deixá-lo abandonado à sorte da web, numa qualquer pasta de favoritos, como se, de um link obsoleto e em desuso, se tratasse. Como se não bastasse, problemas de identidade logo à nascença e posts de política, intervenção e futebol, pareciam conduzir ao inevitável. Tinha, pois, tudo para ser mais um fogacho. Uma boa ideia que tivera o seu tempo mas que cedo perdera encanto.

Mas a vida está feita para aqueles que estão prontos para a luta, para aqueles que fazem das adversidades, trunfos a seu favor e, assim sendo, ele não ia deixar que a falta de família chegada servisse de desculpa para falhar. Encontrou o apoio e o carinho num tio afastado, com distúrbios de múltipla personalidade e acabou por vencer o fatídico destino do esquecimento.

Hoje, 29 de Dezembro de 2007, completa o primeiro aniversário e prova que está aí para as curvas. Não se pode dizer que tenha tido sucesso no objectivo de servir de ponto de encontro da maltinha. Não o conseguiu - dos seus posts, 90% pertencem a dois ou três fanáticos resistentes. Mas para primeiro ano, só o facto de ter vencido o desafio de se manter vivo, pode ser considerado um pequeno triunfo.

PARABÉNS, Mr. Pharmaoeste!

Na foto, Hugo Pêra, um dos fundadores do blog, depois da bem-sucedida operação de mudança de sexo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

2007 anos de Cristo - Um balanço...

Conto de Natal pharmaoestiano - Parte em que isto descamba *


- Ah, está boa! Bom, então muito prazer. Boa noite. - disse Carlos ao Salvador.
- Calma, bom homem. Não vás embora. Vou recompensar-te pela tua generosidade. Pede-me qualquer coisa. Tudo o que quiseres. Que desejas?
- Hummm... não estou a ver. Comprei na semana passada uns ténis e agora não há assim nada que eu queira. Adeus, boa noite.
- Espera aí, bom homem. Chega de modéstia. O que é que vai ser? Carros? Mulheres? Casas? Mulheres? Dinheiro? Vamos. Pede o que quiseres. Fizeste uma boa acção na noite de Natal e mereces tudo o que pedires ao teu Senhor.


- Ah, bom! Sabe, é que eu sou ateu. Ou seja... não me leve a mal mas.... como é que eu hei-de dizer-Lhe isto... Eu não acredito, digamos, em Si. Boa noite.
- Mau, mas o que é isto? Não acreditas em mim? Então eu apareço-te na noite de Natal, faço o truque de me passar por vagabundo, flutuo no ar... o que é que queres mais?
- Não, isso foi giro. Eu é que nunca gostei muito de magia. São feitios.

E foi então, que Deus perdeu a paciência e deu uma carga de pancada bíblica em Carlos. Primeiro, o Todo Poderoso, deu-lhe um belo pontapé no baixo ventre e depois assentou-lhe dois bons murros nos queixos. De seguida praguejou umas coisas em hebraico e foi-se embora. Carlos caiu... e por momentos, o fio de sangue que lhe escorria da boca, a caminho da sarjeta, tomou a forma de uma estrela que sobre a calçada ficou a brilhar...

Era noite de Natal!

Conto de Natal pharmaoestiano - Parte II *


- Uma esmola para um pobre velho - pediu o vagabundo.
Carlos levou a mão ao bolso e estendeu-lhe uma nota de vinte.
- O dinheiro é uma oferta simpática - disse o vagabundo. Mas... e o calor humano, jovem?
- Não vou querer, obrigado. Sabe, eu tenho namorada...
- Não é isso. Podes convidar-me para cear em tua casa?

Carlos olhou para o velho e teve pena. Teve pena de não ir mais vezes ao ginásio porque se estivesse em melhor forma e já teria saído dali a correr. Ainda assim, achou que corria mais que o vagabundo e aceitou convidá-lo para cear em sua casa. Assim que dobrasse a esquina desataria a correr e, se não tropeçasse nos sacos, o velho nunca mais o apanharia.
No entanto, assim que Carlos o convidou para a consoada, o vagabundo ergeu-se, retirou a túnica e, flutuando no ar, disse:
- Sou o teu Salvador. Aquele a quem tu ajudaste é na verdade o Todo Poderoso...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Sonho de uma noite de Natal - By CC_Roven

Não preciso de fazer o serviço desta noite,
A patroa dispensa-me e assegura alguma urgência.
Tá porreiro! Assim posso jantar com o meu pai:
Arroz, peixe grelhado e gelado para a sobremesa
Lá se passa o serão...

É tempo de ir para casa...

Quinze para as onze,
Um frio gélido na rua.
A caminho de casa uma música de Natal....
Na Mansão, sozinho para passar o resto da noite,
Dou comigo agarrado ao portátil.
O blog em primeiro lugar e depois um salto ao MSN

Só para ver quem está online.
E quem havia de estar?

Quase sempre os mesmos viciados e...
Uma excepção. Um nome conhecido.
Esse mesmo...
Razão para ficar a teclar minutos a fio...

...QUE SEJA NATAL !


Roven

Conto de Natal pharmaoestiano - Parte I *


Era noite de Natal. Quase sempre, nos contos de Natal, é noite de Natal. Neste, curiosamente, também.

A cidade estava já quase deserta e era impossível que qualquer pessoa, por mais insensível que fosse, olhasse para as ruas vazias, com as iluminações a piscar e as montras enfeitadas e não pensasse para si: "Que rica altura para fazer assaltos".

Na rua, havia apenas algumas pessoas que se apressavam, felizes, para chegar a casa a tempo da consoada, e outras que pareciam não ter para onde ir, pois tinham todo o aspecto de ser indivíduos desagradáveis, de quem ninguém gosta.

Indiferente a tudo isto, Carlos dirigia-se para casa com alguns sacos de compras na mão. Foi quando dobrou a esquina que viu um vagabundo sentado num vão de escada. Carlos pensou: "Um vagabundo a pedir esmola no dia 24 de Dezembro! Mau! Tu queres ver que eu estou metido num conto de Natal? Não me dava jeito nenhum que estou com pressa."

* Este ano com a "ajuda" especial de R.A.P. (que é como quem diz: "É Natal, vamos roubar qualquer coisa. Olha pode ser um conto".)

Nota-se muito que estou de serviço?

São 19h08m. Para muitos hoje é noite de Natal.

Sei disso porque nos últimos 2 ou 3 dias têm-me chovido no telemóvel e e-mail aquelas mensagens bem pessoais (e em tudo semelhantes ao anterior post do Sr. Peixoto) que terminam quase sempre com um surreal "abraços para os rapazes/beijos para as raparigas". No fundo isto é gente que (embora não troque comigo uma palavara durante 365 dias) acaba por mostrar-me que de facto é bem próxima de mim. É que só alguém que me conhece muito bem poderia lembrar-se de, além de me desejar umas Boas Festas, aproveitar a mesma mensagem para me pôr a jogar Trivial. Tipo: "Beijos/abraços" escolha a resposta certa.

Olha mais uma. Parece uma chuva de meteorito. Um gajo está muito bem a olhar para ontem e zás. Cai mais uma.
Não me lixem. Não é preciso Natal para um gajo mandar uma mensagem a um amigo. Não é preciso Natal para um gajo mandar um mail. Não é peciso Natal para um gajo pegar no telefone e ligar a alguém de quem se gosta só para dizer "Tenho saudades tuas".
Assim, meus amigos, não gastem tempo nem dinheiro a mandar-me mensagens de Natal porque quem me conhece sabe que eu não papo grupos nem vou em mensagens de Natal. Aposto nos outros 364 dias.
São 19h21m. Para muitos hoje é noite de Natal.
Aquele abraço/beijo (riscar o que não interessa).

Tarde e a más horas...

Mas nunca é tarde para vos enviar, o meu mais sincero e amigável voto de Feliz Natal... Para todos em geral, e cada um em particular!

Um lânguido abraço e caloroso beijo deste vosso amigo

José Rui Peixoto

sábado, 22 de dezembro de 2007

Tempos modernos

Qual é a saudação mais dita durante esta quadra? Desengane-se quem pensa que é o clássico "Bom Natal" ou o tradicional "Boas Festas". Os tempos são outros. Hoje o que sai mais vezes das bocas é o moderno: "Verde. Depois o código. E depois verde de novo."

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

As minhas prendas


Prometi que este ano ia fazer de Pai Natal. Pois bem, cá ficam as prendas da malta:

Pêra - Um GPS para saber o caminho para Coimbra e uma Gramática da Língua Portuguesa por razões óbvias.

Zé Rui - Umas calças que não dancem para poder ir tranquilo aos jantares da empresa.

Pardal - Já dei nos últimos dias: o dinheiro para comprar o "Party and Company" lá para casa.

César - Uma semana de férias no Egipto para ir visitar a Lígia.

PP - Acções da Brisa e da GALP para poder ter retorno das viagens semanais que faz. Um roteiro de casas de reputação duvidosa na capital.

Ricardo - A entrada no convívio FFUC desta semana e um pack de finos
Auto - Uma caixa de enfeites de Natal para pôr na árvore que trouxe para a Mansão e ainda não tirou do caixote. Um molho de senhas de refeição nas cantinas para deixar de jantar amendoins e Pringles.

Edgar - Um mapa Guarda-Lamêgo para ir buscar o Pêra e usarem o GPS dele para virem a Coimbra. Faço o jantar.

Telmo - Um abração porque tenho saudades dele.

Guilhas - As alianças para o casório (diz que é em 2008!).

Fortuna e Andreia - Um quilo de paciência e uns sapatos de biqueira de aço para aturarem as danças e bebedeiras do César e do Zé nos casórios.

Lúcia, Paulinha e Isabel - A promessa de um jantar lá em casa. Mas um jantar a sério e não aquela surrapa de aperitivos salgados, pizzas e vinho mau que os imberbes dos meus colegas de casa se atreveram a servir-vos há um mês.

Aos restantes pharmaoestianos - uma ligação Internet de banda curta, larga ou assim-assim e dez minutinhos diários para ver se passam a escrever mais qualquer coisinha no blog. A criança está quase a fazer um ano e merece um pouco mais de carinho da vossa parte.

O Tuga que lixou o Bill


Onde há um português, já se sabe, há um gajo pronto a contornar o sistema. Ora copiando na escola, ora fugindo aos impostos, ora currompendo um polícia, ora passando a perna ao homem mais rico do Mundo...
Topem só esta notícia. Está em espanhol, mas percebe-se bem:

«La compañía portuguesa Microsoft Lda. planea poner su nombre de marca y negocio a la venta en el sitio de subastas eBay el próximo miércoles con un precio inicial de un millón de dólares, según ha señalado su consejero delegado Ricardo Carvalho. Microsoft Ltd. es la única compañía que puede usar el nombre Microsoft en Portugal. Registró su nombre en 1981 mientras que Microsoft Corp, la mayor compañía de software del mundo, comenzó a operar en Portugal en 1990.La empresa de Bill Gates, que ha declinado comentar la situación, está registrada en Portugal como MSFT."MSFT ha dicho que estaba interesada en nuestro nombre de marca, pero que necesitaba más tiempo para discutir el asunto", dijo Carvalho a Reuters. "Nos hemos reunido con ellos en el pasado y no queríamos esperar más por ellos
in 20minutos.es

"Não queríamos esperar mais por eles". Vamos pôr-lhes o nome em leilão e eles que se cheguem à frente se quiserem voltar a vender como Microsoft em Portugal. É assim que o Tuga fala da maior empresa do mundo. É fraco...

Lembra o sketch dos GF do gajo que inventou tudo. Parece que estou a ver este Ricardo Carvalho a dizer aos amigos: "Microsoft? Fui eu que inventei."

domingo, 16 de dezembro de 2007

VOU SER PAI...


...Natal. Este ano vou pôr o fato vermelho e sair por aí a distribuir prendas.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Só uma dúvida

Quando foi exactamente o momento em que se definiu que este blog deixava de ser um espaço para avacalhar e passava a ser um local sério para debater problemas que de facto interessem ao país e ao mundo???

Gostei e recomendo


Tema actual - esgotamento das reservas mundiais de petróleo vs aquecimento global vs alternativas energéticas -, enredo onde nada acontece por acaso, escrita acessível, leitura fácil e recurso a dados científicos constantes. Ou por outra, a prova de que um romance, além de nos entreter também pode ser um bom veicúlo de informação de massas.

Foi meu companheiro nos almoços e pequenos almoços das últimas três semanas. Continuo a gostar do que o "Zé Rodrigues" escreve. Gostei e recomendo.

Sugestões musicais do mês


São estes os temas que por estes dias agitam as horas na Mansão e me berram do portátil enquanto tomo banho:


- "Rocketman" - David Fonseca. Um clássico de Sir Elton John (presença assídua no VV) agora na voz de outro gajo que admiro.

- "Hate that i love you" - Rihanna feat. Ne-Yo.

- "Sweet Child of Mine" - Guns n' Roses. A solução para ter férias de 4 minutos e o bilhete de avião para a alma viajar. No fundo o "Espacio sideral" dos meses de Inverno.

- "No one" - Alicia Keys. A super voz de Miss Keys, numa mistura de jazz e blues que se entranha demais.

- "Cinderella (Umbrella)" - Rihanna feat. Chris Brown.

- "Big girls don't cry (remix)" - Fergie feat. Sean Kingston.


Todas juntas não valem um "Catch the cat" do Pardal nem uma música erudita do Zé ou do César. Mas sempre têm o condão de me animar muito os dias.

Sweet Jorney of Mine


08h20m no relógio do carro... Sigo vagaroso atrás de um camião, a caminho de mais uma maratona em Figueiró. Levo tempo de sobra. Não tenho pressa. Saí cedo de casa...

No corpo, os restos do vinho de ontem mantém algum do seu efeito: o estômago dá sinal de vida e a cabeça ainda não está em full throtlle.

A viagem segue calma quando, no rádio do VV, um som familiar me desperta os sentidos. É mais que um som. É uma música que me transporta no espaço e me faz recuar alguns meses no tempo. Guns - "Sweet Child of Mine".

O corpo segue na estrada para Figueiró, mas por breves instantes a alma é transportada 7500 km para oeste. Ligo o ar condicionado propositadamente no máximo e por alguns minutos não estou em Portugal. Estou de férias, e o Coco Bongo está cheio. Faz calor! Um calor de ter de novo por perto algumas caras conhecidas e de cantar novamente a plenos pulmões o Sweet Child, em conjunto com 2500 hedonistas.

A musica termina mas a alma continua de viagem. A condução vai ser feita em piloto automático até Figueiró, porque eu não estou aqui. Fui. E até às 09h00m vou estar de férias.


Nunca desejei que uma viagem de carro durasse tanto tempo...

De boa intenções está...

Em primeiro lugar não acredito no bom fundo de entidades comerciais. Quem ia ganhar com esta campanha? Seriam mesmo os consumidores ou as empresas envolvidas?
Esta parece ser também a opinião dos legisladores portugueses responsáveis pelo estatuto do medicamento.
Este Decreto-Lei é mais restritivo do que a directiva europeia que lhe dá origem proibindo também a informação, pois poderá ter como efeito o consumo mesmo sem ser um veículo de publicidade (revelar ao público).
Informação sobre medicamentos sujeitos a receita médica é proibido. Por exemplo, até a simples menção do nome comercial num jornal, mesmo sem a intervenção do laboratório farmacêutico, pode ser alvo de sanção pelo Infarmed.

A realidade portuguesa está a anos luz do que se passa nos EUA. Concordo com a premissa de que informação que aumente a consciência pública sobre uma vacina tão importante como esta é fundamental, mas até que publicidades como as seguintes sejam possíveis vamos poder sempre contar com o apoio dos profissionais de saúde para informar (leia-se farmacêuticos).






Sobre a fantástica publicidade da Pfizer note-se que não existe qualquer nome de medicamento apenas publicidade institucional. Métodos para deixar de fumar há vários e nem todos são sujeitos a receita médica.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

E agora... algo completamente diferente!


Um stand automóvel e uma empresa de concessão de crédito pretendiam oferecer uma vacina contra o cancro do colo do útero na compra de um carro, mas o Infarmed cancelou a promoção por publicitar ilegalmente um medicamento sujeito a receita.

Em causa estavam as campanhas publicitárias à iniciativa do stand de automóveis Auto Motriz e da empresa de concessão de crédito Credibom, que se iniciaram no passado fim-de-semana em várias rádios, caixas multibanco, jornais e revistas especializadas do ramo automóvel.
A ideia era oferecer um rastreio e uma vacina contra o vírus que pode provocar o cancro do colo do útero (Papiloma Vírus Humano) a quem comprasse um automóvel naquele stand.
Em resposta às questões da agência Lusa, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) indicou que depois de tomar conhecimento do caso e desenvolver várias diligências notificou as entidades envolvidas para a «cessação imediata, a título cautelar» da actividade de publicitação ilegal.
O decreto-lei de 2006 que estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano refere que se considera publicidade de medicamentos «qualquer forma de informação, de prospecção ou de incentivo que tenha por objecto ou por efeito a promoção da sua prescrição, dispensa, venda, aquisição ou consumo em qualquer das seguintes circunstâncias: a) Junto do público em geral».
O mesmo diploma indica ser «proibida a publicidade junto do público em geral dos medicamentos sujeitos a receita médica».
A lei determina que a publicidade a medicamentos sujeitos a receita médica apenas pode ser dirigida aos profissionais de saúde na imprensa especializada, com os respectivos resumos das características do medicamento.
«No seguimento das diligências efectuadas, e sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que ao caso couber, o Infarmed notificou as (quatro) entidades envolvidas para a cessação imediata, a título cautelar, dessas actividades», lê-se na nota do Infarmed enviada à agência Lusa.
Para lá do stand e da sociedade financeira para aquisições a crédito, foram ainda notificadas uma farmácia da zona de Sacavém e a empresa contratada para realizar a campanha.
A proprietária da farmácia explicou à agência Lusa ter sido apenas contactada pela empresa do ramo automóvel para vender as vacinas e adiantou que a sua resposta foi afirmativa, desde que se cumprisse o estipulado pela lei: dispensar a vacina mediante prescrição médica.
O proprietário do stand, João Rodrigues, precisou, por seu lado, nunca ter percebido que poderia estar a cometer uma ilegalidade, até porque nas promoções não era referido qualquer nome comercial de um medicamento.
«Para preparar a campanha contactámos com outras empresas e com vários médicos que nunca perceberam que poderia tratar-se de uma ilegalidade. Não estamos a fazer concorrência às farmácias, não identificámos a marca e pagaríamos as vacinas e os rastreios», sublinhou à Lusa.
A ideia de oferecer um rastreio e uma vacina contra o vírus que pode provocar o cancro do colo do útero (Papiloma Vírus Humano) foi delineada entre as duas empresas, na sequência de outras campanhas cívicas que o stand já levou a cabo, como por exemplo de prevenção de segurança rodoviária ou consumo de produtos portugueses.
«A Credibom lembrou que nos Estados Unidos ou na União Europeia se desenvolvem campanhas com o objectivo de oferecer um produto de interesse público e que poderíamos apostar em campanhas com um maior peso cívico», referiu o responsável à Lusa, argumentando que o conceito de, por exemplo, oferecer DVD's ou televisões não corresponde «à filosofia da empresa, não tem tanta notoriedade, qualidade e importância cívica».
«Queremos oferecer algo que contribua para a participação e ajuda cívica», adiantou João Rodrigues, sublinhando que a promoção incluía, não apenas a oferta da vacina, que seria co-financiada em partes iguais pelo stand e pela empresa de concessão de crédito, mas também o rastreio à doença.
Face ao preço elevado das duas únicas vacinas comercializadas em Portugal, a empresa de vendas de automóveis decidiu dividir custos com a empresa financeira: «A melhor vacina custava 400 euros e por isso ia ser comparticipada pela Credibom. Se tivesse um valor mais baixo, iríamos oferecer sem pedir contrapartidas a ninguém», disse.
«Foi uma intenção cívica. Mas, ao sermos informados pelo Infarmed, decidimos suspender a campanha», concluiu o responsável, adiantando à Lusa que a escolha entre as duas vacinas se fez segundo recomendações especializadas.
Na sua nota, a Autoridade do Medicamento acrescentou que «como os factos são passíveis de enquadramento na competência de outras entidades, o Infarmed deu conhecimento dos mesmos à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), à Inspecção Geral das Actividades em Saúde e à Ordem dos Médicos».


In Destak, via Efervescente (primeiro blog com link para o Pharmaoeste)


Dissecando o artigo, 3 questões surgem-me:

1 - A mais basilar e com menor conteúdo (farmacêutico) - É de facto publicidade? antes de mais, não havendo uma explícita ligação da promoção a uma das duas marcas comercializadas (GlaxoSmithKline e Sanofi Aventis) em Portugal. Adiante...

2 - Ok, é um medicamento sujeito a receita médica... mas também é um medicamento de toma "voluntária"... Não, não concordo que seja bom fazer uma promoção semelhante, mas apenas pelo Estatuto do Medicamento, e pela sua não banalização num circuito comercial... Não pela Publicidade, propriamente dita! Sinceramente, e corrijam-me,já que eu estou a pensar a quente, este é daqueles tipos de medicamentos que julgo valer a pena ser publicitado num circuito normal de publicidade, a ver no ponto 3 (claro, seria necessário alterar a actual legislação e salvaguardar e regular tais excepções...)

3 - E refere o blog Botica, e bem, o Champix também é sujeito a receita médica, e não é por isso que o cartaz com o Diogo Infante não deixa de aparecer em todo o lado.... e essa sim, é bem mais explícita, mas com a qual também não deixo de concordar...
P.S. - preciso urgentemente de um ecrãn LCD para o meu portátil... escrever com umas raias pretas à frente não é fácil... está aí o Natal (e isto é um aviso para vocês..)


Darfur

O conflito de Darfur (ou genocídio de Darfur) é um conflito armado em andamento na região de Darfur, no oeste do Sudão, que opõe principalmente os janjawid - milicianos recrutados entre os baggara, tribos nômades africanas de língua árabe e religião muçulmana - e os povos não-árabes da área. O governo sudanês, embora negue publicamente que apóia os janjawid, tem fornecido armas e assistência e tem participado de ataques conjuntos com aquele grupo miliciano. O conflito teve início em fevereiro de 2003.
As mortes causadas pelo conflito são estimadas entre 50 000 (
Organização Mundial da Saúde, setembro de 2004) e 450 000 (Dr. Eric Reeves, 28 de abril de 2006). A maioria das ONGs trabalha com a estimativa de 400 000 mortes. O número de pessoas obrigadas a deixar seus lares é estimado em 2 000 000. A mídia vem descrevendo o conflito como um caso de "limpeza étnica" e de "genocídio". O governo dos EUA também o considera genocídio, embora as Nações Unidas ainda não o tenham feito.
Quando os combates se intensificaram em julho e agosto de 2006, o
Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução 1706, de 31 de agosto de 2006, que prevê o envio de uma nova força de manutenção da paz da ONU, composta de 20 000 homens, para substituir as tropas da União Africana presentes no local, que contam com 7 000 soldados. O Sudão opôs-se à Resolução e, no dia seguinte, lançou uma grande ofensiva na região.
Diferentemente da Segunda Guerra Civil Sudanesa, que opôs o norte
muçulmano ao sul cristão e animista, em Darfur não se trata de um conflito entre muçulmanos e não muçulmanos pois a maioria da população é muçulmana, inclusive os janjawid.

In Wikipedia(ver links no original)

Mais informação:
Darfurgenocide.org
Unicef
Save Darfur

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Dá para perceber como somos pequeninos...

Somos uma migalhinha de um pão do tamanho do mundo! (boa metáfora esta...) Visitem o worldometer e vejam as estatísticas em tempo real do nosso mundo! Vale a pena...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Trabalho!!!

Pois é meus caros e minhas caras, aproximam-se as festividades! Mais um Natal, mais um novo ano a chegar e mais um jantar marcado para um fim de semana em que estou de serviço... Raios partam a maldita pontaria! Não falha... Pois é, caro Peixoto, já não posso levar um par de meias com um laço para ti...
Já agora, se alguém estiver a pensar mudar de ares, ou sei lá, sem fazer nada, precisam de um farmacêutico/a com uma certa urgência para uma farmácia em Tavira, agora é que não tenho a certeza, mas pelo que percebi é para adjunto, mas isto está por confirmar. Pronto, siga, farmácia em Tavira, a 5 minutos da praia, nesta altura do ano é um pouco frio, mas há aí alguém esquisito?
Se alguém estiver interessado, telefone.


Abraços, beijos e adeus Portugal...
Telmo Madeira