O João Cordeiro bateu no fundo...
Menos grave, o facto de ter chamado mentiroso e traidor ao Primeiro Ministro de manhã, por supostamente ter faltado à palavra, quando assinaram juntos, Estado e Farmácias, e sem qualquer opinião expressa por parte dos farmacêuticos (entenda-se a Ordem dos Farmacêuticos), o "Compromisso para a Saúde". À noite, viu que se tinha precipitado e estava errado, e emitiu um comunicado onde, não pedindo desculpas, reitera que afinal o Sócrates não seria mentiroso nem traidor, visto que já teria sido assinado em conselho de ministros (no dia anterior) o protocolo onde não constavam as medidas críticadas por Cordeiro.
Afinal o traidor era apenas o Secretário de Estado Francisco Ramos, que sugeriu a inclusão de algumas medidas.
Mais grave foi como o João Cordeiro associou o caso dos 6 doentes do Hospital de Santa Maria à sua causa. Numa atitude que não tem, sequer, classificação.
Associar o nome da Farmácia do Hospital de Santa Maria ao serviço farmacêutico do Hospital de Santa Maria mostra o quão reles e baixo se baixa para atingir os seus fins.
Ao associar um nome ao outro quis claramente, Cordeiro, associar a tragédia e o medo associado ao possível (ou provável?) erro farmacêutico que aconteceu na preparação do Avastin. Demonstra cabalmente que se está literalmente a borrifar para o farmacêutico, veja-se o que foi capaz de dizer e a suspeição que levantou, e se interessa unicamente pelas farmácias, enquanto negócio.
Uma desonestidade intelectual que tem dois objectivos:
1 - Chamar atenção às suas declarações, e colocar o seu discurso junto das notícias mais lidas e abordadas.
2 - Criar a suspeição sobre o serviço da Farmácia do Hospital de Santa Maria, farmácia não associada à ANF, e na qual no concurso de abertura o João Cordeiro, e seus partners, não ficaram em nada a ganhar, para variar...
