A notícia aguardada ou A HISTÓRIA DE UMA BOMBA POR QUE NINGUÉM ESPERAVA
Ainda não são oito da manhã!
O som dos pássaros, acordados pelos primeiros raios de Sol de mais uma manhã de Primavera, é brutamente interrompido pelo som das chaimites que invadem o Terreiro do Paço. A seu lado, homens fardados ecoam um som seco de botas de tropa num passo acertado e apressado. As tropas tomam posição em terra, enquanto no mar uma fragata da Marinha garante a superioridade naval e baterias de artelharia se instalam junto ao Cristo Rei para garantirem poder sobre a margem sul. No ar, só mesmo os acordados pássaros, já que a Força Aérea garantiu aos Capitães que se manteria neutra. Os poderosos caíam, o Regime gastava as suas últimas horas e Lisboa assistia serena a mais recente Revolução no país! Mais recente? Não.
Março quase Abril de 2007.
Essa sim, a data da mais recente Revolução. Num tempo sem chaimites nem capitães mas ainda com a sombra de alguns poderosos (graças à pseudo-eleição de Salazar para Maior Português de Sempre, numa clara prova de falta de inteligência da RTP pelo formato do programa e de saudosismo e falta de tempo investido nos bancos de escola pelas gerações que se seguiram a 74), o país assiste impávido mas nem por isso sereno a uma nova Revolução.
O epicentro é Coimbra e a notícia, há dias aguardada, cai que nem uma bomba: O PARDAL ARRANJOU EMPREGO! Não! Não é brincadeira, não é farsa, não é gozo. É verdade, é acontecimento, é o fim da base da maioria das nossas piadas.
E se só esta bomba já era suficiente para abalar os alicerces da nossa vida, que dizer da que a acompanha? O DR. PARDAL VEM TRABALHAR E VIVER PARA COIMBRA E EU VOU VIVER COM ELE (provavelmente com outro companheiro de blog).
Quanto aos pormenores do emprego do Pardas, deixo para o próprio a descrição. Da minha parte quero apenas dizer que assim que estivermos instalados gostava (caso os meu companheiros de casa aceitem) de dar uma "ganda" jantarada para a malta toda. Mas para já...aproveitemos o choque infligido por estas bombas...