quarta-feira, 18 de junho de 2008

Masturbação

Já foi tão mais fácil ser feliz...

Aos 26 sinto que me estão a tirar o tapete dos pés.
Tenho saudades de quando a minha felicidade não dependia de nada, nem de ninguém. Não pensava em mais nada... queria ir, ia. queria fazer, fazia. queria mudar, mudava.
Claro que os meus desejos nunca saltavam os muros do meu quintal (nunca tive quintal), as asas chegavam perfeitamente para o vôo, e a viagem nunca demorava mais que os 10 minutos de intervalo...
Hoje depende de tanto. Só agora sinto o depois, e, pior, a impotência por nada conseguir fazer contra ele (o depois).
Começa a ser natural pensar que

Depois de, já vou poder...

Depois de, já posso ficar...

Depois de, relaxo...

Depois de, ...

Não quero ser feliz depois, eu quero é ser feliz AGORA! Agora... e depois!

Não quero prescindir de ser feliz agora 5 minutos, para amanhã o ser 10! Eu quero ser feliz os 15 minutos, se possível já (e amanhã também!).
Não vou abandonar a minha felicidade fugaz , que, em conjunto, me dá uma felicidade duradoura, pacote a pacote. Os pequenos nadas que me fazem rir, tornam-se grandes em conjunto, tal e qual um pacote de arroz, grão a grão. Quero ser feliz com todos os poucos, à espera que esses pequenos poucos me levem a um muito...
Quero ser feliz por estar contigo, estar convosco, estar só! porque sim, e porque agora é um bom momento para o ser.
Mas amanhã também...

sem plano?
sem objectivos?
sem decisões?

4 comentários:

André Lage disse...

Li. Ainda estou a dissecar.

Anónimo disse...

A vida é feita de pequenos passos que, no seu conjunto, traçam a nossa existência. Contudo, se só para o chão olhares não vais ver mais do que pequenos avanços e recuos. Olha em frente amigo, admira o que te rodeia e vais perceber que o bom é o percurso e não a ansia do destino alcançar.

PP

aTé disse...

Zé:

Consegui identificar-me com cada uma das palavras que escreveste! (exceptuando a idade, já que tenho a sorte de ainda me faltarem uns meses para chegar aos 26...:P)

Para contrariar essa tendência, penso que o que nos resta é tentar não deixar que nada fique para "depois"... Ou seja: se nos lembrarmos de alguém, é nesse preciso momento que devemos ir ter com essa pessoa, ou pelo menos telefonar, enviar um sms, um mail, escrever um post, o que seja...; se nos surge uma vontade esmagadora de fazer uma declaração de amor/respeito/orgulho/amizade, devemos fazê-lo... sem pensar muitas vezes; se nos apetecer rir às gargalhadas, força!...
Devemos fazer tudo isso sem ter medo de parecer ridículo, sem ter medo do "depois"... até porque, meu caro, o "depois" pode ser tarde demais...

Bejinhos! :)

PS - Aproveito para dar o exemplo:
GOSTO TANTO-TE, ZÉ RUI!!!

Anónimo disse...

estáis uns poetas!