A ordem dos farmacêuticos está podre
Pensei duas vezes antes de publicar este post... apesar do assunto até ser "picante", publicitar gratuitamente um blog com claros objectivos políticos que tanto têm de gananciosos como de rasteiros, não vai muito ao encontro dos meus ideais...
Recebi, a semana passada, um mail, de remetente anónimo, com o seguinte assunto: Denúncia Farmacêutica. É muito provável que o tenham recebido também, já discuti o assunto com mais pessoas me disseram que também o tinham recebido, mas não foi fácil encontrar. Vejam na pasta dos excluídos automaticamente (lixo electrónico), uma vez que como é de remetente anónimo deve lá ter ido parar...
Onde foi o "anónimo" buscar tal base de dados com endereços de e-mails farmacêuticos?
Passando à consulta do dito (do qual vos deixo o link aqui!), como podem facilmente ver, em apenas 12 dias desde a publicação do primeiro post, o blog já ultrapassa as 2.000 visualizações. A campanha política está a atingir o público-alvo...
A minha opinião sobre a OF já estava mais que fundada, e não podia, obviamente, mudar depois de ler um blog anónimo com dois posts de roupa suja, e umas dezenas de comentários que me parecem, muitos deles, forjados pelo próprio autor ou de alguém que lhe é afecto.
O curioso é que a minha opinião coincide com muitas das ideias exaladas no blog.
Da demissionária bastonária tenho uma opinião muito própria, por ter sido minha professora e presidente da comissão avaliadora dos estágios curriculares, mas que nem por isso é positiva (não deixo de lhe desejar sinceras melhoras... ), da instituição/direcção é notório o grau de corrompimento, de ineficiência e de interesse da maior parte dos seus elementos.
O único comentário positivo à Ordem dos Farmacêuticos que me permito fazer é ao Colégio de Indústria, que entre iniciativas e encontros de gente que apenas o faz por gosto e interesse, me deixa com uma impressão positiva do seu trabalho.
Mas voltando ao blog, no primeiro post podemos encontrar uma série de pontos negros apontados à actual direcção da OF. Curiosamente, todos esses pontos constam da carta de demissão de 30 páginas assinada pelo (nosso conhecido) Humberto Martins, quando da Ordem dos Farmacêuticos saiu. Do demissionário secretário geral tenho a dizer bastante melhor que da antiga bastonária, no entanto, não deixa de ser bastante curiosa a ligação do blog ao seu nome... Um blog propagado ao vento com uma mailing list de farmacêuticos (com a OF como database provável...), com o primeiro post baseado, unica e exclusivamente, na sua carta de demissão e o segundo com um ataque à actual bastonária, Elisabete Faria... da lista contra a qual o demissionário sempre se revelou opositor... Não o acuso, mas estou longe de meter as mãos no fogo. A puxar os cordelinhos está, com toda a certeza.
A OF está pelas ruas da amargura. Não tem o respeito dos farmacêuticos, grangeia inimizades com outras ordens profissionais, a Ordem dos Enfermeiros é exemplo disso, e perante a opinião pública está completamente degradada, não só a Ordem como toda a classe profissional. É certo que em nada este blog contraria o actual estado, antes o acentua, mas faz-me apenas concordar que é urgente fazer algo!
Não conheço qualquer elemento da actual direcção nacional, excluindo o Zé Vicente que para lá entrou à pouco tempo, para um cargo não sufragado.
Tive a oportunidade de ler a última ROF, que tal como os números anteriores, me chega invariavelmente atrasada a casa. Pareceu-me um folhetim de uma qualquer Câmara Municipal, em que o Presidente da Câmara se passeia pelas obras em fase de execução e dá uma grande entrevista para ganhar notoriedade...
No site encontramos uma data de notícias atrasadas, a ROF de Novembro/Dezembro... de 2007!, uma declaração da actual bastonária, com foto claro está, e eventos que ou são promovidos pelos colégios ou por entidades externas...
Quanto a isto não digo que esteja pior ou melhor, mas está, como sempre, mal!
Está na altura de pormos isto em condições... não vos aptece lutar contra este compadrio e profissionais de política, numa ordem, sobre a qual nunca tive qualquer sentimento de pertença, mas para a qual pago (ou vou pagar...) as cotas todos os meses?
6 comentários:
É como dizes: o que o blgo diz é grave mas o pior de tudo é a forma que o autor encontrou para o dizer. Lava roupa suja em público, esconde-se no anonimato e com isso tudo liza-nos ainda mais a todos.
Posso dizer que também não me revejo nada na Ordem e que acho uma aberração ter de pagar as quotas para poder trabalhar (sendo que, ainda para mais, da unica vez que precisei de ajuda, mandaram-me falar com um suposto Sindicato).
Ah e depois como se não chegassem 300 €/ano em quotas ainda me pedem 900 € no curso de administração de vacinas.
Tou contigo Ze. É uma vergonha os comentários serem feitos de uma forma anónima e ainda mais grave é o lavar de roupa suja feito em praça pública que só serve para denegrir a nossa imagem na opinião pública.
Ainda por cima um gajo paga cotas e quando necessita de algo da ordem(apoio jurídico) só está disponível um dia por semana.
Tou contigo. Força aí. Abraço
claro que é triste toda esta lavagm de oupa suja. Contudo quem anda a lavar em publico, pois não aparece nas Assembleias Gerais da Ordem é só uma pessoa .... que quer concorrer a bastonário.
Quem é?Quem é?
E quem trata dos estágios? Uma vez tentei contactar a responsável e disseram-me para ligar a partir das 9 da noite, porque de dia trabalha...à noite deve ser só um tacho...
E as formações?! ex: vacinação - 850euros? nem merece juizos de valor...
E as cotas? Para alimentar pançudos, certamente, que prestar serviços aos associados não se vê!
Boa noite a todos os digníssimos colegas.
Falo-vos depois de um dia de trabalho dficil, que só terminou perto das 9 da noite. Estou neste preciso momento a selecionar o correio da semana e, mais uma vez, aí está a nossa bela ordem, essa cambada de desocupados e retardatários mentais, que acham que um farmacêutico ordinário (ou seja, daqueles que não possui uma farmácia e que não tem um tacho na ordem), depois de uma bela semana de trabalho, vai reagir sem indignação a uma merda de um papel de inscrição numa formação intitulada "Mudança e Inteligência Emocional em Contexto Farmacêutico".
Isto trata-se de uma mensagem para essa escumalha: meus caros, enquanto eu leio a merda do flyer que fala nessa bosta de formação, cerca de 30 hectares de floresta amazónica foi para o galheiro, porque idotas como voces andam para aí a gastar papel desnecessariamente; para além do mais, se tivessem algo de produtivo para fazer (não digo para a sociedade, que acho que não devem ser capazes, mas, quem sabe, por vocês mesmos) não andavam para aí a poluir o ambiente, nem a encher a cabeça desta boa gente, que tem mais que fazer que vos aturar e sustentar a vossa sancho-pancice.
Por causa de gente de merda como vocês, que só pensa em encher o bolsos à custa do sangue e suor alheios, é que o mundo está como está, quero ver quando levarem com as consequências do aquecimento global em cima, se vai ser na sede da ordem que vocês se vão barricar.
E já agora, para que serve uma merda de uma formação de "Mudança e Inteligência Emocional em Contexto Farmacêutico"? será para aprender a lidar com patrões não-farmacêuticos? é que se for eu vou...sim, porque cabe a vocês, meus incompetentes de merda, zelar para que aqui a plebe não leve com as responsabilidades das atitudes que estas bestas de patrões têm diariamente! Se me ensinarem como é que se explica ao patrão o que é um antibiótico, um anti-psicótico, ou uma benzodiazepina, ou que se ele vender os Tamiflu todos antes da pandemia, quando ela vier já não há tamiflu para ninguém (espero que também não os haja para os fiscais do INFARMED, que em vez de fiscalizarem as farmácias, devem estar todos de férias no México), como dizia, se me ensinarem isso, lá estarei nessa interessantissima formação.
Boa noite a todos.
PS: se os caríssimos a quem se destina esta mensagem não souberem o que fazer da vida, vão apanhar gambuzinos, todos juntos, que é giro.
Concordo PLENAMENTE com TUDO o que disseram neste blog!!!
Devia existir um SITE (bog ou forum) onde todos os farmacêuticos deste país podessem falar sobre as dificuldades do dia-a-dia, indignações, etc.
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