Uma nova fase
"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
(...)
- Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!"
- Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!"
O Velho do Restelo, personagem criado por Luís de Camões, no canto IV d' "Os Lusíadas", simboliza todos os pessimistas, os conservadores e os temerosos que não acreditavam no sucesso da epopeia dos descobrimentos portugeses. Este personagem, surgindo na largada da primeira expedição para a Índia, avisava quanto aos malefícios de procurar a Fama e Glória e alertava os Portugueses para os perigos que tal expedição encerrava.
É no entanto um episódio que (ao contrário do que à primeira vista pode parecer) serve para elogiar a coragem e o esforço dos Portugueses, em partir à aventura contra todos os perigos referidos.
É no entanto um episódio que (ao contrário do que à primeira vista pode parecer) serve para elogiar a coragem e o esforço dos Portugueses, em partir à aventura contra todos os perigos referidos.
No fundo, sinto-me um pouco o Velho do Restelo deste blog, lançando o espectro da fraudulência sobre o seu nome, e criando-lhe o desafio da busca da sua identidade. No entanto, tal como Camões com os Portugueses, também Zé Patarolé, depois das dúvidas (relembro os dias em que o blog se chamou "Bronca com o nome"), assume que o Pharmaoeste existe e está de boa saúde, sendo um novo passo na vida de nós todos. Assim, encerra-se aqui uma questão que tinha que ser levantada mas que, uma vez ultrapassada, só dá mais força a esta causa.
VIVA o Pharmaoeste ! VIVAM os Pharmaoestianos !
P.S. - Congratulo-me ainda com a primeira posta do Pardas.
P.P.S. - Pêra, também eu estou muito excitado com isto do blog.
P.P.S. - Pêra, também eu estou muito excitado com isto do blog.
P.P.P.S. - Zé...? Cabeçadas em bolas de bilhar ??
2 comentários:
N quero, d modo algum, vir p este meio retirar-te todo e qualquer mérito q tenhas, amigo Lage, André Lage...
Além disso, recordo-te q t dei razão (ainda q parcial...) nos teus primeiros ataques a este blog...
Mais ainda, depois d teres confessado q sou importante o suficiente para q nutras p mim 1 ódio d estimação, seria d péssimo tom pôr em causa os teus sentimentos...
... Mas, sentes-te o "Velho do Restelo"???
1º - Restelo?! Sp t julguei coimbrinha e orgulhoso d tal honra! =)
2º - Velho?!? Essa carinha laroca não engana ninguém e, cm a vidinha q levas, nem sei s chegarás aos 40... ;)
Viva o nosso blog!
Beijinhos,
Té
Pois...Mas vamos la ao que interessa: decidimos a festarola pa 5f e/ou pa sábado? Atendendo à massa trabalhadora bloguista,eu propunha sábado.
Pessoal, temos de nos organizar...
Enviar um comentário