terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Conto de Natal pharmaoestiano - Parte em que isto descamba *


- Ah, está boa! Bom, então muito prazer. Boa noite. - disse Carlos ao Salvador.
- Calma, bom homem. Não vás embora. Vou recompensar-te pela tua generosidade. Pede-me qualquer coisa. Tudo o que quiseres. Que desejas?
- Hummm... não estou a ver. Comprei na semana passada uns ténis e agora não há assim nada que eu queira. Adeus, boa noite.
- Espera aí, bom homem. Chega de modéstia. O que é que vai ser? Carros? Mulheres? Casas? Mulheres? Dinheiro? Vamos. Pede o que quiseres. Fizeste uma boa acção na noite de Natal e mereces tudo o que pedires ao teu Senhor.


- Ah, bom! Sabe, é que eu sou ateu. Ou seja... não me leve a mal mas.... como é que eu hei-de dizer-Lhe isto... Eu não acredito, digamos, em Si. Boa noite.
- Mau, mas o que é isto? Não acreditas em mim? Então eu apareço-te na noite de Natal, faço o truque de me passar por vagabundo, flutuo no ar... o que é que queres mais?
- Não, isso foi giro. Eu é que nunca gostei muito de magia. São feitios.

E foi então, que Deus perdeu a paciência e deu uma carga de pancada bíblica em Carlos. Primeiro, o Todo Poderoso, deu-lhe um belo pontapé no baixo ventre e depois assentou-lhe dois bons murros nos queixos. De seguida praguejou umas coisas em hebraico e foi-se embora. Carlos caiu... e por momentos, o fio de sangue que lhe escorria da boca, a caminho da sarjeta, tomou a forma de uma estrela que sobre a calçada ficou a brilhar...

Era noite de Natal!

2 comentários:

Anónimo disse...

Lol!!Tu não existes!!:)
a.madanelo

o_invicto disse...

És grande miudo!!
Muito bom , continua assim.
Grande abraço